O Parque Nacional (Parna) do Caparaó

A entrada no parque custa R$10,00 e a pernoite custa R$6,00. Justificadamente, esse lugar foi preparado para receber turistas. Muitos turistas. Tem quatro áreas de camping (Tronqueira, Terreirão, Casa Queimada e Macieira), todas equipadas com banheiros, chuveiros (de água fria, mas bem montados), tanques para lavar roupa, pias para lavar louça, mesas cobertas e em algumas delas, casa da guarda e abrigo de pedra com lareira.

No caso específico da área Terreirão, o visitante chega de carro (próprio ou jipe alugado na cidade, caso não queira "judiar" de seu belo auto na ingrime subida, ou esteja em uma excursão) até uma altitude de quase 2000m e depois pode seguir o trajeto restante de 3,7km em mulas de carga (pagas, lógico, R$50,00/mula).

Os funcionários do parque (ICMBio/Ibama) mantém as áreas limpas e há latões de lixo por toda a área do camping.

Mais coisas amanhã a noite (talvez, porque temos que separar todas as coisas).

Chegando em Alto Caparaó


Segundo dia (05/09/10)

Noite anterior marcamos de acordar as 6h para continuarmos a viagem. Fizemos nosso café da manhã na cozinha do hotel mesmo, arrumamos a bagagem no carro (pela vigésima vez desde o começo) e a Ju soltou sua primeira pérola do dia:
“Não ponha (o gás do fogareiro) ai na frente para não ficar próximo ao motor ”
Nota: O motor da Variant é traseiro

Seguimos viagem ao Caparaó mas antes demos uma paradinha em Volta Redondo/RJ para postarmos sobre o dia anterior e comprarmos nosso almoço.

A próxima parada foi em Três Rios/RJ em um S.A.U para comermos. O cardápio do dia foi miojo com carne moída e molho pronto (que segundo o Vitor era uma macarronada ao molho sugo), conversamos bastante com os funcionários do local e por volta das 15:30h continuamos nosso passeio, agora sem paradas programadas até Alto Caparaó e o Pico da Bandeira (que não tem bandeira nenhuma).

Já em Minas Gerais presenciamos as queimadas que destroem a paisagem, foram vários focos de incêndio em todo o trajeto, de todas as proporções. Quase não haviam plantações, apenas pasto (queimando) e pouquíssimo gado.

Depois de muitos “fusca azul”, chegamos no Parque Nacional por volta das 20h, passamos pela cidadezinha de Alto Caparaó, a qual pensávamos que seria apenas mais um vilarejo no meio do caminho, nos surpreendeu. A cidade está bem preparada para receber os turistas, possuindo inúmeras pousadas, hotéis, restaurantes, lojas para montanhistas e o principal: Internet Wireless gratuita! É só no portal de entrada da cidade (por enquanto...) e o link não é muito rápido, mas já nos permitiu postar daqui mesmo.

Já no parque percorremos 6 km de uma sinuosa e ingrime estrada de chão e chegamos no local do camping. Comemos mais miojo com PTS e armamos acampamento. Durante esse período um senhor chamado Carlos Santana conversou tanto conosco que achamos que seu sobrenome era Pysklyvicz. Essa noite o Lucas dormiu na Variant (sonho dele desde quando comprou o carro) e o restante na barraca.
Como a Variant está com problemas, estamos com tempo para escrever o post do terceiro-dia... Aguardem!

Largada para o fim de semana hiper-prolongado

Qual carro tem dois porta-malas?
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Saimos às 4h da matina da casa da Juliana. Motivo principal: Meu atraso, porém isso possibilitou um belo vislumbre do nascer da lua minguante antes de partirmos e mais tempo para os colegas prepararem as bagagens. Com exceção da espartana Juliana, guerreira que é, foi quem ocupou menos volume de bagagem e já estava pronta e esperando em sua casa à 1h da manhã.

Com a emergência do sol pegamos um pouco de neblina (conhecida como colóides por nós do clube de astrnomia) na primeira parte de SP. Grande vista de um "tapetão de nuvens" na primeira serra (do planalto paranaense para o vale da Ribeira). Mas antes de Registro o céu já limpou e passamos o restante do dia com sol.

O Lucas dirigiu essa primeira parte, até um posto de gasolina antes da segunda serra em SP. Lá nós tomamos um "pingado" e esticamos as pernas antes deu assumir a direção. Mas que feliz coincidência em encontrar meu antigo chefe Muller, que ali também deu um tempo, com a família antes de seguir para Araraquara. Após breves cumprimentos seguimos em frente.
Para ficar menos doloroso!

Ao entrar na região metropolitana de São Paulo (às 9:30) abastecemos o carro com ~370km rodados, obtendo uma embasbacante média de mais de 13km/l para a Régis Bittencourt (BR-116 Curitiba-São Paulo). Observando que havia pouco fluxo nesse trecho. Pegamos apenas um ponto de lentidão na segunda serra, por haver um trecho (~3km) com estreitamento de pista para apenas uma faixa.

Nessa hora comemos algumas bolachas para afastar a fome até pararmos para fazer um almoço.

Tomei o caminho pelo centro da capital ao invés do rodoanel. A idéia era evitar as 13 praças de pedágio da via rápida e entrar na Dutra (BR-116 São Paulo-Rio) pela Zona Leste. Me perdi um pouco mas pelo menos o calouro Raul viu a Av. Paulista, a Av. dos Estados (na altura do Mercado Municipal), as marginais Pinheiros, Tietê e a radial leste. O grupo pode apreciar essas grandes vias e suas estruturas, acompanhadas de brevíssimos detalhamentos de minha parte.

A cidade estava bem vazia como era de se esperar pela data. Porém a Dutra estava com fluxo intenso e vagaroso. O Lucas ligou a "sonzera" do "possante" para nos distraírmos. Detalhe para o pen-drive no som e o GPS.


Paramos para almoçar num posto de atendimento ao usuário da CCR (concessionária da Dutra) em Lorena por volta das 14:30. Um funcionário gentilmente nos indicou um lugar a sombra, fora do posto, para montarmos nossa versátil cozinha. Após um belo arroz integral com miojo e atum, o Raul lavou a louça e o Lucas assumiu a direção novamente. Achei que todos íamos revezar a direção, mas a Juliana já não mais quer dirigir o intrépido veículo e o Raul ainda está inseguro. Como eu já estava apresentando sinais severos de fadiga (parecia um bêbado), o Lucas assumiu de novo a direção.

Vou resumir essa parte porque não estamos com muito tempo. Subimos até 2461m com a Variant no morro das Agulhas negras, mais de uma hora de subida e pedras raspando no fundo do carro. Um dia ainda vou descer tudo de bike (base a 360m)! Por do sol maravilhoso nesse morro

Ponto culminante do dia: 2461m!
O Raul viu seu primeiro flare. Boa calouro!

Depois paramos para comer pão-de-queijo e tomar sorvete (nossa janta!) e ficamos com preguiça de acampar, todos muito cansados. Fomos para um hotel que o Lucas conhcia na cidade de Queluz/SP. Hoje vamos direto para Alto Caparaó!

Mesa e Pico da Bandeira

Quarta-feira (01/09) eu e o Lucas fizemos uma mesa retrátil para colocar no porta-malas da Variant. Tampo em MDF, pernas em PVC com altura regulável por pinos (para corrigir desníveis do terreno) e fixação no carro por chapas de alumínio.